domingo, 26 de junho de 2011

Por favor, abra a mente

Conceitos do passado não fazem mais sentido no Marketing de hoje.


Como se faz uma promoção hoje em dia? É igual há 20 anos? Certamente não. Antes disso: como nasce e como se desenvolve um planejamento estratégico em pleno século XXI? Algumas poucas coisas não mudaram, é verdade, mas muitas se transformaram e alteraram de forma avassaladora a forma como se faz Marketing. Não vou elencá-las. Para ficar apenas na seara promocional, multiplicaram-se os pontos de contato com o consumidor e as dificuldades de acessá-lo. Para chamar a sua atenção, envolvê-lo e aumentar as vendas, é necessário se reinventar.

Semana passada, uma discussão me chamou atenção. Na verdade, uma tentativa de discutir, durante o julgamento de um prêmio, sobre a essência do Marketing Promocional. Enquanto uma minoria defendia uma essência de 20 anos atrás, a maioria olhava para o presente e enxergava outras possibilidades diante de uma realidade bem diferente. É importante dizer que não há nenhum problema com a disciplina, mas sim na visão de profissionais que não olham o mundo em sua volta. O próprio julgamento dos trabalhos mostrou isso.

Pouquíssimos cases saíram do comum e chamaram atenção pela inovação, enquanto outros fizeram mais do mesmo e sequer foram considerados. Mas houve aqueles que realizaram o trabalho de casa bem feito, seguindo as regras do mercado atual, e conseguiram seus prêmios. Isso mostra como ainda há uma minoria, que infelizmente não é tão minoria assim, que pensa como se estivéssemos no século XIX. Ficou provado que as ações embasadas num modelo de 20 anos atrás não são mais suficientes para entregar os resultados exigidos em 2011 e daí para frente. O mundo mudou e o Marketing deve mudar. Simples assim.


Pensamento de vanguarda 
Isso não vale apenas para o Marketing Promocional. Vale principalmente para a estratégia, para o modelo de negócio e o modelo de gestão das empresas. O Marketing de toda companhia deve representar a vanguarda de pensamentos, planos e ações. E, como sempre, deve ser holístico, perpassar toda a organização, desde a estratégia até o café servido aos visitantes.

Quem trabalha com Marketing precisa capitanear as mudanças, preparar a empresa para os novos desafios, sem ficar pensando como se o mundo fosse o mesmo da época dos dinossauros. Seria o começo do fim. Já temos muitas áreas engessadas e retrógradas dentro das empresas. O Marketing tem que ser diferente e provar que não é só um departamento que gasta dinheiro.

Quem deixa de ver as mudanças pelas quais as pessoas, o mercado e o Marketing passaram não quer enxergar a realidade e não está preocupado com o futuro do seu negócio. Ficar preso a conceitos e modelos de 10, 15, 20 anos atrás é como jogar uma ancora no meio do mar e ficar parado no tempo. Só que até o mar mudou e um tsunami pode afundar o seu barco em questão de segundos.


Autor Bruno Mello, 
Fonte:Mundo do Marketing

Como divulgar seus produtos e serviços investindo pouco ?

Um bom planejamento aconselha segmentar o público e direcionar o marketing.

Não esqueça a mala direta tradicional ou o e-mail marketing eles também podem ajudar a potencializar suas ações de comunicação. Abrimos um blog para receber suas dúvidas sobre o tema.
Os especialistas em comunicação e marketing tem como máxima que a divulgação é sempre uma aplicação com retorno, principalmente quando você possui produtos diferenciados, o que quase sempre implica em clientes e públicos diferenciados. Então para iniciar o planejamento um tempo deve ser dedicado a conhecer os hábitos de seus clientes e planejar uma ação focada para minimizar os custos e atingir ou ampliar suas metas.

Segmentar o público é uma excelente dica, já que permite ter uma estratégia de marketing adequada. O corpo a corpo para o empresário que gosta do contato com seu público transforma cada encontro na melhor forma de divulgação da empresa. Este contato pessoal supera qualquer outra ação, mas é claro que o produto e o serviço deve atender as expectativas geradas neste encontro.

E quais são as ferramentas de apoio para traçar esta primeira estratégia e iniciar as visitas?
O dever de casa começa com a preparação de um pequeno mailing e cartões de visita. É importante ter um catálogo ou até mesmo uma lista de seus produtos e serviços, o ideal é construir um endereço eletrônico, pode até ser um blog gratuito, ex: Blogger do Google, estas ferramentas apoiam as  vendas e abrem um canal de comunicação direta com o cliente.
Comprometimento e ousadia são ingredientes pessoais muito importantes. Acima de tudo deve existir no DNA de cada empresário, independente do tamanho de seu empreendimento, um alto grau de determinação porque o caminho não é simples nem fácil mas a caminhada vale a pena.
Marketing é planejamento que detecta uma oportunidade, cria um produto ou serviço e permeia todo o processo desde a confecção do produto ou realização do serviço, até o pós-venda, então temos que analisar e avaliar o marketing como um processo e um investimento.

Para atingir novos públicos é fundamental estar preparado para atender a esta nova demanda.

Se você ficou com alguma dúvida pode falar conosco, faça um comentário, entre em contato, troque uma idéia por e-mail, podemos contar sua história, conversar sobre suas dúvidas e mostrar como as ações e dicas de propaganda e marketing podem ajudar você e a sua empresa.



Autora: Suzana Pedrinho
Consultora de Mídias Digitais

Fonte; www.marketing.com.br

Marketing Olfativo: Que cheiro tem sua marca?

Alguma vez você já se perguntou que aroma têm as marcas?

Por que o aroma de um creme solar lembra as férias? Por que o cheiro da fumaça da lenha queimada lembra uma imagem de inverno em família? Até há pouco tempo, ninguém parava para pensar nessas perguntas, e as empresas não tinham se dado conta do efeito que produz um aroma agradável na experiência do cliente. A maior parte das empresas baseia sua identidade corporativa na imagem (no logotipo, no patrocínio ou no mobiliário dos estabelecimentos) e no som (o fundo musical das lojas ou a melodia de um anúncio da televisão). Contudo, a emoção que evoca um odor pode ser decisiva na hora da compra e é possível identificá-lo com os valores que a marca pretende transmitir. Pode inclusive servir para melhorar a produtividade e as condições de trabalho de uma empresa.

“Há uma mudança de tendência muito importante no processo de escolha do consumidor”, observa Roberto Álvarez del Blanco, professor de Marketing do Instituto de Empresa (IE). Isto se deve à neuroeconomia, “que é a combinação da neurociência, da economia e da psicologia no estudo do processo de escolha dos indivíduos. Esta ciência analisa o papel do cérebro quando a pessoa avalia uma decisão a tomar, quando examina os riscos e as recompensas e a forma como as pessoas interagem umas com as outras”, explica. De acordo com o professor do IE, esse conhecimento permite, por exemplo, “que compreendamos com exatidão a resposta humana diante das cores, da luz e dos aromas”. Contudo, Gerard Costa, professor de Marketing da escola de negócios Esade, diz que não estamos diante de uma mudança de tendência. “A experiência relativa à percepção dos odores corporativos, porém, requer uma técnica ainda muito incipiente”, observa.


Marketing olfativo 

A técnica do “marketing olfativo” é mais uma entre as várias técnicas do marketing emocional. Chegar às profundezas do cérebro do espectador está na moda. Trata-se de uma técnica cujos efeitos perduram por vários anos seguidos. “Ela surge do convencimento de que os objetos têm aroma. Partindo dessa premissa, descobre-se que as pessoas, as casas, as comunidades, as cidades, e até mesmo os países, têm seu próprio aroma”, observa Álvarez del Blanco.

Costa diz que o termo marketing olfativo entrou na moda há cerca de 15 anos, quando se começou a trabalhar com o neuromarketing. “A tendência chegou primeiramente pela publicidade subliminar e, desde então, estudam-se os estímulos que afetam positivamente o cérebro”. Além disso, somam-se ao estudo as recentes pesquisas acadêmicas de caráter científico, estabelecendo-se uma distinção entre “a associação de cheiros às lojas e o projeto de um odor corporativo”.

EUA e Japão são os países onde há mais empresas “olfativas”, isto é, companhias que investem em um cheiro próprio por meio de dispositivos que espalham perfumes nas lojas (ambientadores). A Muzak, provedora de trilha musical personalizada, produz agora também ambientadores para as empresas. A Singapur Airlines aposta no marketing dos cinco sentidos para atingir um público selecionado; a Disney utiliza essa ferramenta há 15 anos em seus parques temáticos. Primeiro, a produtora americana deu um toque de realismo a seu público de filmes de ação ao introduzir cheiro de pólvora e de borracha queimada nas salas. Depois, impregnou as ruas e parques com cheiro de pipoca para despertar o apetite dos seus clientes. O sucesso da técnica empregada pela Disney incentivou a cadeia de hotéis Hilton e Sheraton, os restaurantes Hard Rock, a linha de automóveis de luxo Lexus e a produtora de cinema Paramount a fazerem o mesmo.

Por que todos os carros novos têm o mesmo cheiro?

Pense, por exemplo, no que acontece quando o vendedor de automóveis lhe passa as instruções sobre o novo carro que você acaba de comprar. Além de se referir à beleza dele, elogiar seu espaço interno, suas linhas modernas, o carro novo também cheira a novo, não é verdade? Não é coincidência o fato de que todos os carros novos “cheirem a novo”. Trata-se de um odor resultante de muitas horas de dedicação de um grupo de especialistas no assunto. “Há aromas específicos e outros que são universais”, explica Álvarez del Blanco. E acrescenta: “Não podemos nos esquecer de que o olfato é o mais primitivo de todos os sentidos. O ser humano tem mil genes relacionados ao olfato. Cerca de 60% estão hoje inativos. O ser humano pode distinguir entre dez mil odores distintos. Não é nada comparável aos cães, que são capazes de identificar cem mil, e aos ratos, que conseguem diferenciar entre 200.000 odores.”

Contudo, criar o aroma de uma marca não é nada fácil. Costa explica que “deveria ser um processo baseado no posicionamento que desejo dar à minha marca, além de ser algo integrado ao mix de marketing de minha empresa e coerente com ele”. O professor da Esade cita como exemplo o sucesso mundial da Singapur Airlines, que “soube construir um odor específico para sua marca em sintonia com outros aspectos do marketing da empresa tomando por base no posicionamento que queria dar à companhia: um toque oriental”.

Em 2003, o marketing de aromas movimentou cerca de 30 milhões de dólares em todo o mundo, e espera-se que chegue a 220 milhões em 2010. Na Espanha, o marketing do olfato é uma técnica ainda incipiente, embora o mercado de ambientadores para o lar e para o automóvel tenha crescido 74% nos últimos quatro anos. Ambos os professores concordam que esse marketing encontra-se ainda em fase inicial, e que ainda há um longo caminho a percorrer. “Nos EUA, o marketing de odores encontra-se mais avançado do que em qualquer outro lugar. Na Espanha, ainda é cedo para uma avaliação. O setor que mais investe nesse tipo de marketing é, principalmente, o de automóveis”, lembra Álvarez del Blanco.

A A de Aroma, uma empresa com um mês de funcionamento, trabalha com a identidade olfativa das empresas de alimento de preparo rápido Pans & Company, Rodilla e Dunkin’ Donuts, mas atua também em outros setores: ela tem entre seus clientes a Telefônica (telecomunicações), Cinesa (cinema), AC Hoteles y Mango (moda). A A de Aroma elabora fragrâncias personalizadas para cada empresa em função dos valores que a marca deseja reforçar, e implanta dispensadores de perfumes em seu estabelecimentos cujos cartuchos são trocados uma vez por mês.

O ser humano é capaz de se lembrar de dez mil aromas diferentes
Um estudo da Universidade Rockefeller (Nova York) revelou, em 1999, que o ser humano é capaz de se lembrar de 35% dos odores que sente, ante 5% do que vê, 2% do que ouvem e 1% daquilo que tocam. Além disso, a memória pode reter até 10.000 aromas distintos, ao passo que reconhece apenas 200 cores, de acordo com a pesquisa feita pelos cientistas Richard Axel e Linda Buck, vencedores do prêmio Nobel de medicina de 2004.

Comprovou-se também que uma empresa que tenha aroma próprio vende mais do que outra que não possui nenhuma fragrância específica. “Isto acarreta uma diferenciação extraordinária para a marca. Trata-se de uma singularidade que a afeta de modo cabal. As associações estereotipadas são valiosas, fidelizam o cliente e, principalmente, engendram uma qualidade que é tesouro de toda marca”, revela Álvarez del Blanco. Costa acrescenta alguns matizes: “Normalmente, os odores fortes vendem mais. Por exemplo, deixar aberto o forno com pães recém-assados em uma padaria é uma maneira de atrair o cliente que passa pela rua e que se deixa levar pelo aroma agradável que desprende do pão fresco.”

Assim, o odor de um creme solar lembra as férias; a torta de maçã quente evoca uma reunião de família e uma fragrância de brisa marinha é sinônimo de liberdade. Contudo, 83% dos investimentos publicitários se concentram em mensagens que procuram seduzir os olhos e os ouvidos, deixando de conquistar os demais sentidos. Álvarez del Blanco lembra que “o aroma percebido pelo olfato dever ser coerente com a atividade da marca para que o efeito seja agradável”. Portanto, quando se atinge esse objetivo, o cliente tem uma sensação “agradável, de ordem e de profissionalismo”. Contudo, é preciso levar em conta que “somente os odores relacionados com a natureza são odores globais”, lembra Costa. Não se deve esquecer também que, culturalmente, os odores são percebidos de maneira distinta de acordo com o lugar de origem do indivíduo. Contudo, os especialistas estão de acordo em relação ao fato de que os clientes compram experiências, e não produtos. “O odor se associa ao momento em que sinto o desejo de adquirir um produto ou serviço, e não à marca em si. Minha experiência com um determinado produto em casa vai muito além disso”, diz Costa.


Buscar a diferença 

O sucesso consiste em conseguir criar um aroma que lembre a marca. Os especialistas estão de acordo com o fato de que criar um “odótipo” eficaz requer vários meses de trabalho. “É preciso saber onde a marca se acha exposta, analisar o contexto em que ela é consumida e em que cenário os clientes se relacionam com ela”. “No caso da empresa, é preciso definir com o que exatamente desejo me identificar, e é muito importante pensar nos suportes para o odor: como vou difundi-lo, onde quero marcar presença com ele e onde não quero”, aconselha Costa.

Ambos os professores também acham que é “muito complicado” obter um aroma universal e que agrade a todos. Costa lembra que os odores são percebidos de maneira diferente “pelos homens e pelas mulheres, pelo país de origem, pela idade e de acordo com a experiência de cada um”. Por isso, é impossível que uma mesma fragrância transmita a mesma mensagem a todos. Para Costa, a melhor marca da história do mundo seria aquela que todos associassem a um odor onde quer que fosse. Por fim, lança uma pergunta: “Quem não faz a ligação do odor do incenso com a igreja católica?”

Fonte: www.marketing.com.br

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Como Conquistar um Emprego usando as Redes Sociais

Muitas empresas buscam via internet profissionais novos e com potencial. As redes sociais são um movimento irreversível e o que muitas pessoas ainda não descobriram é que as redes sociais, quando bem utilizadas, são ferramentas eficazes na busca por um emprego.



COMO AGIR NA REDE:

Em praticamente todas as redes sociais é possível extrair informações que auxiliarão que está em busca de um posto de trabalho. Veja como agir nas principais:

ORKUT: É a rede mais utilizada no país. O Orkut possui comunidades que discutem os mais variados assuntos. Pesquise comunidades relacionadas à sua área de atuação, entre em grupos de discussão =, receba e ofereça informações que irão contribuir com a comunidade.

FACEBOOK: Começa a crescer no Brasil. O objetivo é tentar criar um relacionamento e acompanhar as noticias divulgadas pelas empresas. Dessa forma pode chegar ao seu conhecimento a divulgação de vagas de emprego na companhia.

TWITTER: É a segunda rede social mais usada no país. É uma boa forma de buscar empregos. Uma boa dica é escrever no campo pesquisa o símbolo e as palavras “#estágio” ou “#pesquisa”. Dessa forma o twitter mostra as oportunidades solicitadas e disponíveis no momento. É uma maneira para conseguir alcançar um publico mais focado ou assuntos mais específicos.


YOU TUBE: Site que oferece um serviço de compartilhamento de vídeos. Por meio dele é possível que pessoas, de diferentes partes do mundo, estabeleçam conexões. Pelo You Tube profissionais podem disponibilizar materiais em vídeo com amostras de seus trabalhos como palestras, workshops, apresentação de conferência e exposição do perfil profissional.

LINKEDIN: Ferramenta para cadastro de currículo, divulgação do perfil profissional, troca de informações com profissionais do mercado e indicações de emprego. Quando você informa que trabalhou em uma determinada empresa, o Linkedin irá te mostrar todos os profissionais cadastrados que atuaram nessa mesma empresa naquele período.



Lembrando, que todas as informações postadas nas redes sociais são públicas, portanto muito cuidado com o que você irá postar na internet.

Se você pertence às redes sócias e pretende arrumar um emprego ou construir um nome no mercado de trabalho, cuidado com as comunidades que participa, com comentários preconceituosos, palavrões e fotos que possa associar a sua imagem a algo ilícito ou que não seja ético. Lembre –se de que no outro lado da tela pode estar o seu chefe ou diretor da empresa

Fonte: Revista Profissão Sucesso Setembro 2010

sábado, 18 de junho de 2011

Shopper Marketing e Internet: O que há de novo nos movimentos do varejo e da indústria


Compras de produtos eletroeletrônicos de valores mais elevados inspiram mais cuidados. A ToolBoxTM entrevistou 597 pessoas que compraram bens de consumo com valor acima de R$ 200 e descobriu que 86% das pessoas pesquisaram antes de comprar. Dessas, 75% utilizaram a internet como fonte  (veja mais sobre a pesquisa em www.toolboxtm.com.br).

Para os varejistas, então, o jeito é criar ambientes em que o conhecimento do vendedor é complementado pelo fabricante. Este sim é especialista em seu produto. Websites com conteúdo relevante e informações realmente úteis, como comparações de produtos por perfil de consumidor (antes da compra) e instruções de instalação (depois), têm sido usados para capturar a fidelidade do shopper. Para os fabricantes, o importante é não ficar fora do jogo. Quem não pode ser encontrado rapidamente em buscas na internet acaba ficando de fora e nem sequer entra nas comparações do shopper. 

Sempre se soube que o boca a boca é, provavelmente, o canal com mais influência sobre o comprador. Atualmente, essa divulgação migrou para a internet, especialmente para as redes sociais. Porém, estes espaços sofrem com a falta de credibilidade, especialmente pela suspeita que possam ser usados por pessoas com interesses em elogiar ou detratar uma marca. Além disso, é mais comum o consumidor se manifestar quando tem críticas do que quando tem elogios.

Essas pesquisas na internet fazem parte da experiência de compra e devem ser levadas em consideração na elaboração de estratégias de shopper marketing. O problema é: como as marcas podem participar dessas conversas com esses consumidores? Tentar intervir diretamente no espaço das redes sociais é arriscado - não faltam casos de imagens que saíram arranhadas por experiências equivocadas e, se positivos, os resultados podem não ser tão compensadores. Por outro lado, montar canais próprios para as marcas na maioria das vezes não gera tráfego que permita ao site atingir “voo de cruzeiro”, ou seja, um volume de participação que estimule outras pessoas a acompanhar o site e participar.

A loja como ponto de encontro
A melhor alternativa é criar parcerias com os varejistas, para que estes sejam o campo neutro de contato entre consumidor e fabricante. Como no mundo off-line, o vendedor pode ocupar o papel de conselheiro no momento da compra. Agora, com um acréscimo: o de estimular conversas de consumidores com interesses em comum. Nesse modelo, os fabricantes devem subsidiar com informações e apoiar a criação ou reformulação dos sites de varejistas. Aos varejistas, por sua vez, cabe fomentar a participação de seu público, para que comente, avalie e se manifeste de alguma forma sobre os produtos. Os varejistas podem conceder descontos, pontos em seu programa de fidelidade ou outra vantagem para os compradores que deixarem suas impressões no site.

É uma cadeia que traz vantagens para todos: os fabricantes têm seus produtos beneficiados pelo boca a boca em um ambiente com credibilidade e que é naturalmente procurado pelo consumidor; o consumidor encontra um leque de informações confiáveis que facilitam sua decisão de compra; por fim, os varejistas ganham ferramentas para aumentar a fidelidade a suas lojas virtuais.

Amazon e Walmart.com
Um dos melhores e mais conhecidos exemplos de varejista que soube se transformar em mídia social é o da Amazon. A loja criada como uma livraria on-line em 1995 se expandiu a ponto de se tornar o maior canal de vendas pela internet dos Estados Unidos, com faturamento três vezes maior que o do segundo lugar. Mas, mais que vender produtos, a Amazon é uma provedora de serviços: avaliações, listas de produtos recomendados, resenhas feitas por usuários, resenhas em vídeo e fóruns - que fazem com que autores, fabricantes, etc. fiquem obcecados com sua performance no site. Além disso, a Amazon aprende com as buscas e compras feitas pelo usuário, recomendando produtos de acordo com seu perfil e com as escolhas feitas por compradores com perfil similar.

Outra experiência valiosa é da gigante Walmart. A maior cadeia varejista dos Estados Unidos construiu sua estratégia na internet com um site que se tornou um veículo de mídia ao oferecer conteúdo relevante e cobrar dos fabricantes por ele - vídeos, dicas, artigos, ferramentas patrocinados por marcas - e que veicula anúncios de fabricantes direcionados de acordo com departamento e categoria. Em conjunto com agências de publicidade, o negócio “.com” deixou de ser apenas um e-commerce e se tornou um novo canal de comunicação com shoppers, com métricas de ROI (retorno sobre investimento em anúncios) e modelo próprio de precificação de inserções. Um artigo de Greg Murtagh publicado pela revista The Hub, com um sugestivo subtítulo “Retailers as Publishers”, conta sua experiência no desenvolvimento do site do Walmart. Segundo ele, há cinco anos, quando o trabalho foi iniciado, o objetivo era atingir o consumidor antes que ele fosse à loja. Isso porque os compradores já estavam fazendo pesquisa na internet mesmo para bens de consumo e porque o Walmart via seu site como veículo de shopper marketing e de comunicação.


Autores: Rafael D'Andrea e Bárbara Lopes
fonte: mundodomarketing.com.br

* Rafael D’Andrea - diretor de Desenvolvimento da ToolBoxTM - Métricas de Ponto de venda. Formado em Administração de Empresas pela FEA-USP, possui especialização em Marketing pela UC-Berkeley (EUA) e pós-graduação em Economia pela  FIPE-USP. Consultor, palestrante, é professor de Trade Marketing do curso de pós-graduação em Marketing do Insper.

* Bárbara Lopes - jornalista, com experiência em internet. Já trabalhou no portal Terra e no projeto Telecentros, de inclusão digital. Atualmente, atua como freelancer em produção de conteúdo e arquitetura da informação.

Regulamentação do E-mail Marketing

Os Marketeiros estão unidos para evitar que o e-mail marketing seja julgado como spam.
Veja a reportagem da Globo:

O Encanto das Vitrines no Futuro do Shopper Marketing Direcionado

O comércio, desde os antigos bazares persas, sempre se beneficiou da vontade naturalmente humana de ter algo que nos atraia. Se os olhos são a janela da alma, as vitrines são a expressão máxima dessa faceta do desejo humano que é a curiosidade. Com origem incerta, as vitrines vêm atraindo olhares e parando pessoas nas calçadas das cidades pelo menos desde o século XVI. Sua sofisticação constante levou os comerciantes a explorar ambientações e contextualizações dos produtos ao invés da simples exposição dos artigos.

É intrigante como a reação das pessoas às vitrines que contextualizam os produtos por meio de cenários pode ser positiva ou negativa, mas raramente neutra. Na era da internet, da mobilidade digital, as vitrines também estão se adaptando. Novos materiais tornaram os cenários mais fáceis de serem trocados, mais luminosos, mais interativos. Luzes, sons, câmeras e telas projetam as expectativas dos shoppers nas vitrines e, às vezes, até sua imagem digitalmente. Em alguns casos fica até difícil entender onde termina a vitrine e onde começa a loja, um truque utilizado para atrair para dentro do estabelecimento clientes mais engajados. A criatividade não tem limites com a tecnologia, o que torna cada vez mais difícil competir pela atenção dos shoppers nas calçadas e nos shopping centers do mundo.

No campo do shopper marketing, as vitrines têm o papel de: a) atrair a atenção para a loja (por meio de contrastes visuais, como luz e cor); b) parar o shopper ou ‘Stopping Power’; c) conectar a mensagem da loja - e os produtos que vende - com o conjunto de expectativas de quem olha, ou ‘engajar’ o shopper, elevando as chances de ele (a) entrar na loja. Como tendência, portanto, estamos vendo as vitrines e ambientações se tornarem frequentes até mesmo no autosserviço. E, se fosse possível descrever os vetores de desenvolvimento das vitrines como parte do composto promocional de Marketing, arriscaria afirmar que são dois. Primeiramente, a seletividade da mensagem transmitida pela vitrine e, secundariamente, o sentido da comunicação – unidirecional ou bidirecional.

Pela facilidade de criação de “looks”, na web a exposição de produtos de moda é feita dentro do contexto em que ambientações intrigantes compõem a mensagem da loja e seu público-alvo. O site/comunidade/loja www.polyvore.com é um exemplo disso. A exposição dos produtos é feita por meio de “looks” criados pelos próprios usuários. Nada mais seletivo do que isto. Outros websites, como a www.amazon.com, agrupam os produtos de maior interesse segundo o perfil particular de quem acessa o site, criando uma seleção customizada para cada acesso. Obviamente isso seria impossível no ambiente físico. As vitrines tendem a se tornar mais e mais seletivas. A Abercrombie & Fitch (vestuário) é um caso típico de ambientação que agrada alguns e desagrada outros. A loja de Nova York é um exemplo de exposição, em que a vitrine e até os manequins se confundem com pessoas reais e com o espaço da própria loja.

Sem dúvida, exposição de produtos é mais arte do que tecnologia. Mas, quando combinadas, o resultado é fantástico. Exposições interativas como as da loja da Disney são cada vez mais frequentes, atraindo crianças e adultos para um mundo de fantasia criado por computação gráfica. Até mesmo o autosserviço, onde não há quase interação com atendentes,  já aderiu à comunicação bidirecional. Muitos estão instalando telas interativas em seus pontos naturais para atrair e orientar os clientes.

Qual será o próximo passo? Arrisco dizer que o fenômeno www.foursquare.com e outras formas de reconhecimento de clientes que entram nos estabelecimentos de varejo tendem a mudar a maneira de expor produtos e comunicar a personalidade da loja. Talvez, no futuro não muito distante, a fantasia do filme “Minority Report” (com Tom Cruise, 2001) se torne realidade. Entretanto, é provável que o celular/GPS seja a chave de identificação dos clientes fiéis da loja. Nesse contexto, vitrines eletrônicas mudarão de ambientação e mensagem de acordo com a pessoa que passa na rua, mantendo apenas o produto em comum entre uma transição e outra. Seria o máximo da personalização, não é? Resta ver se o atendimento no interior da loja acompanhará em tempo todas essas mudanças.

Autor: Rafael D'Andrea
Fonte:mundodomarketing.com.br
*Rafael D’Andrea é professor de pós-graduação em Marketing do Insper.  É autor do livro Trade Marketing (ed. Atlas 2010) e fundador da ToolBoxTM - Métricas de Ponto de venda.